terça-feira, 28 de maio de 2013

Nos filhos dos outros



O velhinho ditado sempre dizia que, quando é na vida dos outros tudo é muito mais fácil! Verdadeiramente, tenho como princípio fundamental da minha vida que, devemos sempre colocar-nos nas situações do nosso próximo, para não os julgarmos erradamente.

Com o tempo percebi que poucas pessoas pensam assim, mas que ainda existem algumas pérolas que fazem do amor ao próximo, um verdadeiro lema de vida.

Infelizmente, na sociedade em que estamos inseridos, cada vez mais o egoísmo e a falta de coerência, fazem presença constante nos nossos dias. Tenho apreendido que, numa época de crise, cada vez mais pronunciámos a pouca esperança e poucos sonhos que se deve ter. Pois é…normalmente aplicamos estas frases, por exemplo, nos filhos dos outros. Cada vez mais vejo que, nos “Filhos dos Outros” tudo é tão fácil mas nos nossos a situação muda radicalmente de lugar. Nos filhos dos outros, não deve haver sonhos, devemos viver e adequarmo-nos ao que a vida nos dá, sem ter grandes sonhos nem esperanças, num mundo em extrema crise. Mas nos nossos, que façam aquilo de que gostam, que tenham esperança no futuro, que tenham sonhos e que consigam recuperar dos possíveis “falhanços” que a vida pode dar.

 Ainda não tenho filhos e não sei bem como será e educação que lhes vou dar. Mas uma coisa tenho a certeza que não quero fazer: achar que só os meus têm direito à felicidade. Acho que ter bom coração é pensar que não devo achar que os outros podem ter pouco, mas os meus devem ter muito. A dualidade de sentimentos deve ser sempre mantida com o pensamento que “Não devo fazer ou dizer aos outros aquilo que não gostaria que me dissessem ou fizessem a mim ou aos meus.”

Se se pensasse mais assim, tudo seria bem diferente. Deixaria de se ”atirar areia para os olhos”, de se julgar decisões ou escolhas com base em julgamentos pouco abonatórios, para pensarmos: “E se fossem os nossos filhos”?

Com certeza que colocarmos esta pergunta a nós próprios, ao nosso interior enquanto pais, faria de nós melhores seres humanos e melhores pessoas!



"Há um par de princípios que tenho como fundamentais para a educação dos meus filhos: em primeiro lugar, não desistir deles. Ter a certeza que, mesmo quando falharem, apoiá-los-ei e não aceitarei que o falhanço seja definitivo. Se acredito que estes princípios devem guiar a educação dos meus filhos, posso desejar algo de diferente para os filhos dos outros? Claramente, não!"# (PEDRO ADÃO E SILVA)




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