O
Impostor Profissional
Em
toda a nossa vida, penso que por razões mais fortes, temos que “imposturar” alguém. Normalmente,
essas razões são do foro profissional ou para alcançar algo. Parece grotesco
mas a Sociedade é feita de “quem esfrega mais a quem” e tenho percebido, pelo meu
percurso, que perdi muita coisa por não
ser assim e continuo ainda, a perder!
Contudo
e, como em tudo na vida, estamos sempre
a aprender até morrer! Mas não consigo dizer que sinto uma coisa, quando não a sinto. Mesmo tendo “esperança” de
um dia conseguir ter essa máscara social que me faça “mudar” de personalidade
consoante o “ambiente” em que estou inserida!
Como
todas vós, conheço alguns impostores. Mas não são os “impostores” considerados “razoáveis”
que me fazem confusão, pois como disse, nalguma altura na vida acabamos por ter de ser
um pouco assim com alguém já que, isso
está quase na natureza do ser humano.
A
mim faz-me confusão o “Impostor Profissional” , que faz da imposturice a sua
vida, os seus dias, e a sua essência. Este impostor quer agradar a
gregos e troianos sejam pessoas que hajam corretamente ou não. O que lhe
interessa é passar a mão e dar uma palmadinha nas costas!
Assume
uma falsa identidade, já que “engana” as
pessoas, escondendo a sua efetiva
opinião. Como poderemos saber o que o Impostor pensa, se para ele a palmadinha vai consoante vai a
maré? Se a maré for para direita, o
impostor sente carência de ir para a direita e, assim sucessivamente. O impostor nunca poderá
ser “defensor” de causas morais ou valores, porque tem de ir por onde as massas sociais o
empurram!
Outro
fato importante é que ao Impostor não lhe interessa, obviamente, andar ou conviver com pessoas que nada lhe
tragam na vida. O verdadeiro impostor, gosta de socializar e conviver, apenas, com os que poderão um dia lhe trazer algo seja
de que foro for ou que tenham um “estatuto” social ou económico interessante.
Sim, ao impostor não lhe interessa as
pequenas massas “desfavorecidas” , já
que não poderá ter nenhuma compensação e/ou reconhecimento com isso.
Estes
“impostores profissionais” têm medo ou, parecem ter medo, que se lhes reconheça
a sua essência, talvez por a insegurança
ser tão grande, o sorriso de impostor
tem de estar sempre estampado na cara. A pessoa segura não tem necessidade de
fazer o mesmo, pois está plenamente consciente das suas decisões e vida! O
impostor acredita ser “bem-sucedido” pois, devido à constante imposturice,
consegue ter e captar atenções e massas humanas. Mas sabem que, a qualquer momento,
“podem ser descobertos” por pessoas que, pelo menos, ainda têm réstias de inteligência.
Não sabia
mas ser “impostor profissional” é verdadeiramente uma doença psicológica que,
fiquei a saber à poucos dias, chamar-se Síndrome do Impostor (a chamada “síndrome de impostor” é um sentimento
comum a muitas pessoas, inclusive famosas, cujos principais sintomas são a
sensação de estar vivendo uma vida fraudulenta e o medo de que ela possa ser
desmascarada a qualquer momento) e devo dizer que, então, conheço algumas pessoas mesmo muito doentes.
Estes
impostores chegam a ser profissionais, pois riem quando têm que rir e, choram
quando têm de chorar, mesmo que a sua essência pessoal não seja tocada por
esses sentimentos. Vejo esse profissionalismo na prática muitas vezes, e tenho
uma certa pena de não conseguir ser assim. O certo é estar de acordo com este ideal
pois estes impostores têm um lugar primordial na opinião dos que se lhe acompanham:
quem não gosta de ser bajulado mesmo sabendo ser mentira? Mas uma coisa é certa,
estes impostores são destapados sempre, mas poucos têm coragem de os
desmascarar. Felizmente eu consegui desmascarar alguns, e tenho já bem presente
em mim como agir com estas pessoas. A inteligência não é só da parte deles, e quando
pensam isso, já muito lhes haviam “tiraram o chapéu”.
Gosto
de ficar apenas, a observar com o meu “cérebro a rir-se”…
Afinal
ser Impostor é uma profissão e há que ter cuidado com eles…eles andam
por aí! J
Beijinho
A Menina Veste Prada
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